(O Irmão que Mora Longe)
Sou Jane Abreu
Silveira, estudo no 2º ano do Ensino Médio.
Desde pequena meu pai
me falava que eu tinha um irmão, filho dele com outra mulher, pois antes de
casar com minha mãe aos 40 anos e a mãe 21 anos, ele já havia casado com outra mulher que se
chamava Lorena, mas não deu certo.
Meu pai teve um
menino com ela, que na época da separação tinha apenas dois anos, o nome dele é
Nero. Com o problema da separação, o meu pai queria ficar com ele, mas o caso
foi para a justiça e Lorena ficou com o menino.
Ela foi embora para
Santa Vitória do Palmar e o pai não teve mais contato com o filho. As pessoas
dizem que o pai ficou muito triste, quase doente, pois ele gostava muito do
filho.
Passou algum tempo,
mais ou menos 28 anos que meu pai não via o Nero. E eu sempre sonhei em
conhecer meu irmão e o tempo passava e ela não aparecia, mas antes de todo esse
tempo nós conseguimos falar com ele.
Foi uma emoção enorme
para todos nós, ouvir sua voz pela primeira vez, eu já fiquei imaginando será que
é parecido comigo, com o pai ou com alguém da família. A partir dai conversamos
por algum tempo, mas ainda custou a vir aqui, pois ele tem uma família grande para
sustentar, está sempre trabalhando e tem poucas folgas. Mas no dia 9 de agosto
de 2011 ele veio e finalmente consegui dar o primeiro abraço no meu irmão.
Minha mãe ficou um
pouco assustada, ficou com medo que ele não gostasse dela, mas ele trata ela muito bem, a mãe gostou muito dele. Ele
falou que não havia nos procurado porquê
tinha medo que meu pai não aceitasse ele.
O livro "A Menina
que Veio de Longe" uma história que é parecida com a minha, mas a
diferença que a de Dulce, ela muda de cidade e eu mudo como pessoa, como por
exemplo, a partir do momento em que comecei a ler o livro de Dulce percebi que
me faltava algo.
Pode-se aceitar com
essa falta ficava difícil estudar eu não conseguia ter foco, não entendo como
sobrevivi a tanto. A maioria das dificuldades que tinha era por falta de atenção,
pior que não sabia que o problema era esse.
Como seria hoje se no
passado tivesse lido mais, talvez poderia
ser muito melhor ou não. Pois não é só o
fato de ler, mas entender e usar para a vida.
Jane Abreu Silveira.
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